Sandy definitivamente me surpreendeu. Quando ela disse que o álbum era mais autoral que comercial, fiquei assustado, mas ao ouvir o “Manuscrito” completo percebi que é um material recheado de canções radiofônicas.
Ok, temos algumas faixas que provavelmente não tocaria nas rádios, como “Duras Pedras”, “O que faltou ser” e “Perdida e Salva”. Coincidência ou não, as três canções é uma atrás da outra.
A faixa que abre o disco é a “inesperada” “Pés Cansados”, que também poderia entrar facilmente na lista de canções “não comerciais”, se não fosse o primeiro single. O álbum começa pra valer com “Quem eu sou”. Deveria ser o primeiro single: Traz uma Sandy cheia de atitude, com guitarras e lembra facilmente um hit de ganhador de American Idol.
Qualquer um que ouvir “O Tempo” vai ligar a canção ao álbum “Quatro Estações”, lançado quando Sandy fazia dupla com seu irmão, Junior Lima. Não ficaria surpreso se revelassem que esta canção foi descartada daquela época. “Ela/Ele” e “Esconderijo” são faixas narrativas, que dariam um bom clipe!
“Sem Jeito” é uma canção que deixa claro para todo o mundo que Sandy já é uma mulher casada. O álbum tem uma pegada rock na parceria com a cantora britânica Nerina Pallot. Lembra muito as melodias do Evanescence – só que bem mais lev, claro. Sabe aquela canção “Lithum”?
As faixas “Mais um rosto” e “Tão comum” são animadinhas. Aliás, “Tão Comum” é a faixa mais teen do álbum. É um hit pronto! Letra chiclete. De longe, a melhor faixa do CD.
Para deixar todo o mundo ansioso, separei trechos das minhas faixas favoritas do “Manuscrito”.
“Tão Comum”, que é a faixa mais antiga do álbum, foi feita logo que ela acabou a dupla com seu irmão. “Foi composta em 2007 e ela expressa o momento que era o fim da carreira com meu irmão. Eu não sabia muito bem pra onde eu tava indo, não sabia se ia dar certo ou não. Mas isso é tudo válido, porque a gente tem que arriscar. Muitas vezes temos que tomar decisões e teremos que encarar as consequências dela.”, disse.
Sandy também conta que a música passa uma mensagem positiva: “É uma música bem divertida e tem uma mensagem bem positiva. Se errar tá tudo bem, errar é comum. Erra não é definitivo, errar não é o fim. A gente está aqui para errar e acertar”. Sobre os arranjos da faixa, ela revela influência da black music. “É a única música que tem um arranjo puxado para blackmusic.”, conclui.
“Tão Comum”, Nova música de Sandy do cd Manuscrito
“Dias Iguais”, Nova música de Sandy do cd Manuscrito